sábado, 3 de dezembro de 2011

Ser ou não Ser

Hamlet: Ser ou não ser, essa é a questão: será mais nobre suportar na mente as flechadas da trágica fortuna, ou tomar armas contra um mar de obstáculos e, enfrentando-os, vencer? Morrer — dormir, nada mais; e dizer que pelo sono se findam as dores, como os mil abalos inerentes à carne — é a conclusão que devemos buscar. Morrer — dormir; dormir, talvez sonhar — eis o problema: pois os sonhos que vierem nesse sono de morte, uma vez livres deste invólucro mortal, fazem cismar. Esse é o motivo que prolonga a desdita desta vida.
William Shakespeare, in "Hamlet"

No século XVI e XVII a existência de uma 'literatura' baseada no sonho irá ser sobressalente - vide Marino, Calderón de La Barca, etc.
"Ser ou não ser", a frase que torna-se um cliché no século XX, pouco queria dizer sobre a metafísica existencial. O sonho é posto como questionamento do que é inexplicável por Deus. Misticismos se mesclam à razão.Surgem relatos fantásticos do homem-anta ao homem de barbatanas (principalmente no Novo Mundo). Só os apanágios da experimentação e do empirismo servem para explicar o estranho, a fim de haver alguma familiarização com aquilo que as liturgias e filosofia grega já não servem para explicar.

Sem comentários:

Enviar um comentário